Bolsa brasileira registra forte entrada de capital com estrangeiros aportando +R$ 30 bilhões

Mesmo diante das tensões entre Ucrânia e Rússia gerando uma grande crise global, fevereiro foi mais um mês positivo para o fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, com uma entrada líquida de +R$ 30,1 bilhões. O início de março já acumula +R$ 6,3 bilhões de saldo positivo de investidores estrangeiros, e o total de 2022 já é de +R$ 69,0 bilhões, o que equivale a 67% de todo o valor de ingresso no ano de 2021.

E isso tem uma explicação, segundo Edward Santos, Líder de Negócios da VLGI Investimentos em Belém, “O Brasil é um país que tem tido uma postura pacífica frente à guerra. Investidores devem desviar de conflitos para o bem da saúde financeira de suas carteiras. Nessa situação, não vamos seguir um roteiro diferente do que o próprio mercado já tem direcionado. Os próprios investidores internacionais estão correndo para países exportadores de commodities, como Brasil e outros dentro da América Latina, por exemplo. Isso faz com que iniciemos uma adoção de estratégias de concentração de investimentos por aqui.

Meses atrás, era comum orientarmos investimento em fundos internacionais, dolarizados, mas esses ativos estão sofrendo bastante volatilidade, pois qualquer variação no mercado internacional impactará diretamente essas carteiras”, afirma.

O Brasil, além de se destacar na produção de commodities, faz parte dos Mercados Emergentes, assim como a Rússia, gerando um movimento de troca de alocação, por parte de investidores estrangeiros, do mercado russo para o brasileiro, que continua líquido e robusto. “Temos tido cerca de 20 a 30 bilhões de entrada diária. Isso faz com que haja uma espécie de concentração no mercado interno, fazendo com que o preço médio da bolsa brasileira suba e seja valorizada”, comenta Edward.

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