Após derrubada do IOF, governo alerta para impacto de contingenciamentos nos serviços essenciais
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, defendeu nesta terça-feira (1°) que o conceito de “cortar na carne” do governo significa na prática reduzir serviços à população. Durante participação em seminário no BNDES, no Rio de Janeiro, a ministra rebateu críticas sobre a necessidade de ajuste fiscal: “Quando se corta saúde e educação, não está tirando do governo, mas sim da população brasileira”, afirmou, destacando os esforços para melhorar a qualidade dos serviços públicos. A declaração ocorre após o Congresso derrubar o aumento do IOF que arrecadaria R$ 8,3 bilhões para o ajuste fiscal.
Dweck admitiu que a perda de receita pode levar a novos contingenciamentos, afetando serviços públicos, mas garantiu que o governo trabalha para mitigar os impactos. Enquanto a AGU recorre ao STF para reverter a decisão do Congresso, a ministra enfatizou o diálogo institucional: “É um processo necessário quando se pensa no bem da população”. Ela citou como exemplo de eficiência o Bolsa Família, que sem aumento de recursos retirou 20 milhões da fome, e reforçou o compromisso de tirar o Brasil do mapa da fome até 2026. O governo agora estuda alternativas para recompor o orçamento após o revés legislativo.
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil