Foto: Reprodução/Confederação Brasileira de Ginástica
A seleção brasileira feminina de ginástica artística realizou, entre 2 e 12 de fevereiro, o primeiro estágio de treinamentos de 2025. O encontro, realizado no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, reuniu 32 atletas – 20 da equipe adulta e 12 da categoria juvenil –, sob orientação de 10 treinadores. Durante o período, as ginastas testaram novas séries, aperfeiçoaram acrobacias e intensificaram a preparação física.
Nomes consagrados, como Rebeca Andrade, Flavia Saraiva e Jade Barbosa, dividiram espaço com jovens promessas, algumas estreando na equipe principal. Para o técnico Francisco Porath, essa mescla entre experiência e juventude é essencial para o futuro da modalidade no país.
“Treinar ao lado de ídolos é uma motivação enorme. Antes, não tínhamos imagens de grandes conquistas no CT. Hoje, temos, e isso inspira as novas gerações. Acreditamos que o Brasil pode se consolidar como um dos grandes nomes da ginástica artística mundial”, destacou Chico.
A renovação da equipe ganha ainda mais relevância em 2025, já que ginastas experientes, como Rebeca e Flavia, devem ser poupadas de competições no primeiro semestre. Assim, as mais jovens terão oportunidades, com o primeiro grande compromisso marcado para abril, no Troféu Cidade de Jesolo, na Itália. Dependendo do desempenho ao longo do ano, algumas poderão ser convocadas para o Mundial da Indonésia, em outubro, que será disputado apenas em provas individuais.
Entre as estreantes no grupo principal, Júlia Coutinho, de 15 anos, atleta do Flamengo, destacou a importância do contato com as medalhistas olímpicas. “Estava nervosa, mas confiante. Recebi muitas dicas, a Jade (Barbosa) me ajudou bastante, principalmente nas piruetas do solo”, contou.
A troca de experiências também motiva as veteranas. Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, ressaltou a importância de incentivar as mais novas. “Quando eu era jovem, adorava perguntar e aprender com as atletas mais experientes. Hoje, posso tranquilizá-las e mostrar que um dia difícil de treino não define uma carreira”, disse.
Flavia Saraiva reforçou a importância dessa renovação para o novo ciclo olímpico. “Somos 10, 15 anos mais velhas do que algumas delas. Podemos ajudá-las a realizar sonhos, assim como fomos inspiradas por outras atletas no passado”, concluiu.
Com informações do ge