Pesquisa aponta que Belém não está preparada para receber o 5G

Segundo a Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as principais operadoras que atuam no País, apenas sete das 27 capitais brasileiras estão totalmente preparadas para a nova tecnologia de comunicações. Dessas 7, três estão no Norte, mas Belém ficou fora da lista. Tudo isso, apontado às vésperas do leilão do 5G, marcado para quinta-feira (4).

A licitação prevê que as empresas comecem a oferecer o 5G até 31 de julho de 2022, mas o cumprimento desse compromisso e a qualidade do serviço dependem, também, dos próprios municípios, explicam as teles. As informações são da AE. A avaliação do Conexis usa como referência a lei municipal de antenas de cada capital e o grau de aderência aos dispositivos da legislação federal sobre o tema – a Lei Geral de Antenas (LGA), de 2015.

Esse texto traz uma série de regras que facilitam a instalação de antenas, que hoje possuem o tamanho de caixas de sapato. Outro critério usado pela entidade é o processo de liberação de antenas em cada município e o tempo de análise e liberação após o pedido das companhias. A necessidade de antenas para o 5G é bem maior do que para frequências como o 2G, 3G e 4G, e, embora a competência sobre a instalação de antenas seja da União, muitos municípios avançam sobre o tema ao impor restrições a esse tipo de equipamento por meio de leis sobre uso e ocupação do solo.

O resultado disso é a queda na qualidade dos serviços e sinais intermitentes, já que as antenas são cruciais para uma internet de qualidade e estável.

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil