Pará vai preparado para a COP 26

Foto: Pedro Valdez

Uma coletiva de imprensa da Secretaria de Meio Ambiente do Pará, apresentou nesta sexta (29), no Palácio dos Despachos, as estratégias do Estado para o combate às mudanças climáticas. As ações serão expostas no evento COP 26, uma conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que ocorre a partir de domingo (31), até o dia 13 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

Nesta edição da COP, o Governo do Pará vai levar a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e o Plano Amazônia Agora (PEAA). Ambos já foram instituídos e colocados em prática. O PEAA pretende reduzir, em oito anos, de pelo menos 37% das emissões de gases do efeito estufa provenientes de conversão de florestas e da agricultura. A ideia é que em 2036, o Pará chegue ao estágio de emissão líquida zero ou carbono neutro.

O Plano Amazônia Agora pretende criar as condições para que o Estado chegue aos objetivos anteriores, até antes de 2036. O Plano conta com quatro eixos condicionantes: fiscalização; licenciamento e monitoramento ambiental; ordenamento fundiário e ambiental territorial; desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões; financiamento de longo alcance.

Mauro Ó de Almeida, secretário de Meio Ambiente do Estado, ressaltou que o Estado já implementou as ações expostas e que uma das partes mais importantes do Plano é o eixo da Bioeconomia. “Nós já temos mais de 900 produtores rurais sendo atendidos pelo programa Territórios Sustentáveis. Bioeconomia é um conceito novo, mas que o Pará já atua há muitos anos. É secular. É um encontro com a nossa ancestralidade, com nossas raízes”, afirmou Almeida.

O impacto da devastação também preocupa e deve ser um dos pontos abordados pelo Pará na COP. “O que a gente têm que trabalhar é redução do desmatamento e fazer a ampliação em escala do plano de manejo florestal sustentável. Essa é uma atividade considerada de baixo impacto”, argumenta Mauro Ó de Almeida.

Segundo o secretário, a ideia além de combater o desmatamento, é tornar a bioeconomia paraense um expoente para o mundo. “Quem nunca se curou com nossos óleos essenciais? Quem já não tomou um remédio ou chá natural que produzimos? O que a gente quer é fazer com que essa bioeconomia ganhe escala e valor para que possamos manter nossas tradições e manter uma economia sustentável daqui por diante”, completa.

A Conferência das Partes (COP), ocorre desde 1992 e é uma associação dos países signatários para avaliação das mudanças climáticas no planeta e proposição de mecanismos eficazes de combate aos impactos ambientais para serem implantados no Globo.

Por Pedro Valdez, em reportagem especial para o Bacana News