Foto: AMIT DAVE/REUTERS
Com a previsão de enviar hoje (22) as primeiras remessas para o Brasil e Marrocos, o governo da Índia liberou as exportações comerciais de vacinas contra a covid-19. A informação foi dada hoje pelo secretário das Relações Exteriores do país, Harsh Vardhan Shringla.
O Ministério da Saúde, em nota oficial emitida hoje à tarde, confirmou a informação. “O Ministério da Saúde informa que os 2 milhões de doses da AstraZeneca devem chegar ao Brasil nesta sexta-feira, 22, no fim da tarde. A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro”.
Os 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford encomendadas pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) foram fabricadas pelo laboratório indiano Serum e eram aguardadas para o último fim de semana, mas uma resolução do governo local barrou a remessa devido ao início da campanha de vacinação no país. O Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo postou no Twitter um agradecimento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao chanceler da Índia, Dr. S. Jaishankar.
“O governo da Índia colocou o Brasil na mais alta prioridade: somos um dos dois primeiros países a receber vacinas contra Covid compradas na Índia (ontem a Índia fez doação a 2 países)”, escreveu Araújo. Segundo o secretário das Relações Exteriores da Índia, o fornecimento comercial da vacina começará a partir de amanhã, de acordo com o compromisso do primeiro-ministro, Narendra Modi, de que as capacidades de produção da Índia sejam utilizadas por toda a humanidade para combater a pandemia.
“Seguindo essa visão, respondemos positivamente aos pedidos de fornecimento de vacinas manufaturadas indianas de países de todo o mundo, começando pelos nossos vizinhos”, disse Vardhan Shringla, referindo-se aos suprimentos gratuitos. “O fornecimento das quantidades comercialmente contratadas também começará a partir de amanhã, começando pelo Brasil e Marrocos, seguidos pela África do Sul e Arábia Saudita”, acrescentou.