Entenda se seu wearable pode ser hackeado

Cresce o número de pessoas que usam os dispositivos vestíveis para acessar sistemas corporativos, o que expõe empresas inteiras a ataques cibernéticos. Todas as tecnologias estão sujeitas a vulnerabilidades, mas, no caso desses equipamentos, algumas características facilitam a ação de criminosos. Muitos deles, por exemplo, não pedem autenticação biométrica para ser acessado.

Além disso, costumam se ligar a redes wireless, como Wi-Fi e Bluetooth, que podem ser bastante inseguras. Com a possibilidade de capturar vídeos e áudios, caso sejam hackeados, podem se transformar em “espiões” eficientíssimos. Além disso, roupas inteligentes podem monitorar sinais vitais em tempo real, reportando informações para smartphones e computadores.

No exterior, empresas já têm a possibilidade de acompanhar esses e outros dados de funcionários. O grau de segurança de um wearable, como em qualquer tecnologia, diz Rodolfo Fücher, presidente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), “depende do fabricante, do desenvolvedor ser rápido o suficiente para prover aos usuários um update para resolver rapidamente esses problemas”. “Os dados são vilões ou heróis?”, provoca Fücher.

Dados são importantes, trazem oportunidades e valem ouro no mundo de hoje, o que atrai a cobiça de muita gente, completa o especialista. Para o especialista, é fundamental que os usuários estejam cientes das informações coletadas pelos wearable para decidir, com consciência, se querem ou não usar os dispositivos.

Para evitar dissabores com os vestíveis, valem algumas dicas simples de segurança. Ficar atento não apenas ao dispositivo em si, mas ao seu fabricante, é um dos pontos de atenção, diz Fücher. Todas as atualizações enviadas (sim, aquelas mesmo que você deixa para fazer depois) têm um motivo: geralmente, foi identificada e já sanada alguma vulnerabilidade.