Não tem o mínimo interesse em investir em bitcoin Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoas físicas da bolsa brasileira. A afirmação foi feita durante uma live realizada no YouTube nesta semana. “Bitcoin é um elemento criado que não tem patrimônio. Não tem estrutura e não tem origem. Eu não invisto no lugar em que não há fundamentos. O bitcoin é uma estrutura sem fundamentos”, disse Barsi na live do projeto AGF – Ações Garantem Futuro.
Barsi criticou o fato de alguém investir na criptomoeda sem saber o que ela representa, qual estilo e as garantias para o investidor, mesmo apesar da forte valorização, a alta foi superior a 300% em 2020. “O bitcoin não existe. Ele é um fantasma que está assombrando os gananciosos”. Louise Barsi, analista e filha do investidor, também participou da live e acrescentou que a família não tem nenhum preconceito contra o bitcoin, mas que investir na moeda não faz parte da estratégia adotada por eles.
Entretanto, no cenário futuro, a decisão pode mudar. “Se lá no futuro o bitcoin vier a ser tão importante… Nós estaremos em empresas, que, por sua vez, receberão bitcoin e talvez receberemos bitcoin como forma de dividendos e estaremos expostos em bitcoin, mas só quando for algo que não dê para fugir”. Ela acrescentou que a família Barsi prefere investir em ativos reais.
Louise Barsi disse ainda que é comum pessoas não investirem ou terem receio da bolsa por acreditarem que o risco é muito alto, mas, quando se trata de bitcoin, há quem acredite que seja menos arriscado. “Não tem como falar que a bolsa é arriscada se a pessoa tem na carteira mais bitcoin do que ações de empresas. Isso é um contrassenso. Essa é a nossa crítica. Tem muita gente adicionando complexidade à carteira e não sabe o que está fazendo”.
Além do bitcoin, Luiz Barsi disse ainda que não investe em fundos imobiliários e em nenhum tipo de fundo porque a decisão de investimento fica limitada ao administrador do fundo. Para ele, o mercado acionário do país poderia ser mais bem estruturado se a decisão de gestão fosse compartilhada. “Se nós tivéssemos uma participação individual, teríamos um colchão de investidores capazes de suportar determinadas pressões vendedoras que ocorrem no mercado”.