ZECAS COLETIVO DE TEATRO: conheça o grupo que leva a arte através do teatro político social

Foto: Arquivo Pessoal

Em 2015, com o objetivo de levar a arte, através do teatro político social, o Zecas Coletivo de Teatro foi criado. Mesmo em meio a tantas dificuldades causadas pela pandemia, os zecas não param de lutar e produzir. O grupo surgiu a partir da produção “Zeca de uma cesta só“, resultado do Grupo de Teatro Universitário da UFPA – GTU, que selecionado para participar do Festival estudantil de Teatro de Belo Horizonte – FETO. Após a apresentação, os atores do elenco receberam uma recepção positiva do público. Assim, a motivação para a criação do coletivo nasceu. 

Atualmente, os jovens artistas, que movimentam o cenário teatral paraense, formam a equipe do projeto. Por se tratar de um coletivo, Assucena Pereira, Brenda Lima, Lucas Del Corrêa, Paulo César Jr, Victor Menezes, Victória Souza e Miller Alcântara desempenham várias funções para a realização de seus espetáculos. Eles contam que não existe uma pessoa que é somente ator, ou diretor, todos são livres para propor projetos e escolher quais funções querem realizar dentro do mesmo. Assim, eles produzem espetáculos e performances que cativam, emocionam e trazem reflexões para seus expectadores.

“Todos nossos trabalhos tem como base e foco o debate sobre algumas problemáticas sociais, como: racismo, machismo, lgbtfobia, pobreza, violência. Todos nossos trabalhos permeiam por essas questões. Contamos as histórias de diferentes pontos, e diferentes formas, mas sempre buscamos fazer com que quem assiste possa refletir sobre e ser um agente de mudança nessa nossa sociedade, que é tão cruel”, declara Miller Alcântara.

O coletivo é um grupo independente e não possui apoio financeiro. A equipe do Zecas declara que é muito difícil produzir em Belém, pois o retorno financeiro não é o esperado. Miller comenta que: “Muitas vezes, nós precisamos tirar dinheiro do nosso próprio bolso para levarmos a arte que acreditamos ao público. Eu acredito que muitos são os desafios para quem faz arte independente na cidade, e não falo só de Teatro, mas englobo toda a classe das artes cênicas”, enfatiza ele.

Com a pandemia, trabalhar com arte se tornou mais desafiador. Porém, os jovens seguem resistindo com garra para fazer o que amam e acreditam. “Nós sabíamos que não podíamos parar. Então, nós realizamos algumas reuniões online para debater como ficariam nossas próximas produções. De fato, não foi um período fácil, mas buscamos uma nova forma de produzir. Nossos trabalhos mais recentes foram apresentados de forma online e respeitando todos os protocolos de segurança. É muito bom ver que o público, que nos acompanhava antes da pandemia, estava recebendo incrivelmente bem nossos novos projetos, assim como uma galera nova que está nos conhecendo agora. Está sendo muito gratificante todo esse apoio com nosso trabalho”, finaliza Miller.

O Coletivo completou 5 anos em 2020 e, atualmente, possui 2 espetáculos teatrais: Zeca de uma cesta só e Calafeto, 1 ato-performativo: 1800 – O grito da família morta, 1 conjunto de performances: 1900 – O ranger da liberdade, 1 experimentação cênica: Retalhos e 1 vídeo-performance: CORPO 95. Acompanhe o coletivo pelo integram @zecascoletivodeteatro e pelo canal no youtube Zecas Coletivo de Teatro, e fique por dentro de todos os espetáculos que ocorreram e ainda estão por vir.

Por Vagner Mendes, Revista Bacana