A Vivara se prepara para selar, quase 20 meses após realizar sua oferta pública inicial (IPO) na B3, sua primeira grande transação, a união com uma das mais tradicionais joalherias do país, a H.Stern, fundada em 1945, no Rio de Janeiro, por Hans Stern.
A negociação está rodeada de esforços pelo sigilo, mas nesta segunda-feira, 31, o assunto já circulava no mercado. Quando fez sua oferta pública de R$ 2,2 bilhões, em outubro de 2019, a companhia captou R$ 450 milhões. Desde então, mantém uma operação caixa líquido, ou seja, com mais dinheiro aplicado do que dívidas.
Tem hoje 1,7 vez o Ebitda anual em recursos líquidos aplicados: R$ 325,5 milhões. Consultada sobre o tema, a companhia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não comenta rumores de mercado”. Apesar de ter surpreendido os investidores com bons números no primeiro trimestre, a vida da Vivara na B3 não tem sido fácil.
A companhia oscila pouco em torno de uma receita líquida da ordem de R$ 1 bilhão desde 2016. O máximo alcançado foi R$ 1,17 bilhão, em 2019. A pressão dos investidores — que louvam crescimento mais do que nunca — é constante. Mesmo assim, a empresa tem o respeito pela rentabilidade apresentada. O passo mais ousado em expansão estava programado para 2020, com abertura de cerca de 50 lojas — movimento que o novo coronavírus abortou, mas que foi revigorado neste ano.
Na bolsa, a Vivara vale hoje R$ 7,1 bilhões, pouco mais do que os R$ 5,7 bilhões de sua avaliação inicial. No primeiro trimestre deste ano, costumeiramente o mais fraco, a receita líquida total cresceu 5,6%, para R$ 217,7 milhões. O resultado foi possível graças às vendas online, já que a pandemia recrudeceu e mais uma vez baixou as portas do comércio.
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