Secult celebra Dia Nacional do Livro Infantil com lançamento de obra paraense

No dia 18 de abril, comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, uma parcela do mercado editorial brasileiro que, entre janeiro e fevereiro deste ano, ocupou o segundo lugar entre os gêneros mais vendidos, ficando atrás apenas das obras de Não Ficção Especialista, de acordo com a pesquisa “Painel do varejo de livros no Brasil”, da Nielsen Book e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Ainda assim, segundo dados do relatório, houve queda de 7,02% nas vendas de livros infantis em comparação ao mesmo período de 2020.

Mesmo diante da oscilação do mercado, o autor paraense José Arnaud não perde a motivação de escrever para crianças. Contemplado pelo edital Livro e Leitura da Lei Aldir Blanc, em 2020, o artista, professor e pesquisador vai festejar a data lançando, por meio de uma live, a obra infantil “O defensor da floresta”, inspirada na lenda amazônica do Curupira.

O livro, em formato de gibi, é voltado para crianças de 3 a 8 anos e oferece grande riqueza visual, misturando texto em prosa, quadros e balões textuais, próprios dessa linguagem. As ilustrações são assinadas pelos artistas gráficos Gizandro Santos e Andy Brito e um diferencial na produção é a impressão em papel reciclato, ou seja, todo o livro foi feito com 75% de material reciclado, minimizando os impactos ao meio ambiente.

José Arnaud explica que o ponto de partida para o livro foi um espetáculo de teatro sobre o curupira, escrito e dirigido por ele em 2015, e encenado com a linguagem de clown. “Em 2018, resolvi adaptar o texto para o gibi, pois já tinha experiências anteriores com a linguagem. No ano seguinte, iniciei o trabalho de ilustração com recursos próprios e contando com a parceria do desenhista Gizandro Santos. Mas tudo estava bem lento, até ser premiado no edital, quando pude realmente me dedicar ao livro e custear todas as fases necessárias para sua finalização”.

Para a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, a literatura é um pilar fundamental na construção da consciência crítica e no estímulo à criatividade. “E é na infância que estes estímulos alcançam camadas mais profundas da subjetividade. Celebrar o Dia Nacional do Livro Infantil com o lançamento de uma produção literária viabilizada pelos recursos da Lei Aldir Blanc é festejar a mobilização política dos agentes culturais – o que possibilitou a criação desta Lei -, além de festejar a importância da cultura na formação da cidadania plena e a crença na arte como ferramenta de transformação e sublimação do ser humano”, diz.

Por Agência Pará