A criação do futuro canil da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) terá a missão de fortalecer ainda mais a segurança pública do Estado, permeando a cooperação dos cães em conjunto com a força operacional já existente. Com o objetivo de capacitar desde já os policiais penais para o treino de adestramento de cães e para atuar em futuras operações penitenciárias com o auxílio destes animais, a Seap, por meio da Escola de Administração Penitenciária (EAP), realizou a primeira reunião para o planejo do 1º Curso de Operações Penitenciárias com Cães. Para o curso serão ofertadas 32 vagas, sendo 25 destas para os servidores penais.
A capacitação avaliará os melhores participantes do curso para compor o Núcleo de Operações com Cães (NOC), que será erguido ao lado do Centro de Treinamento de Instruções Especializadas (CIESP), localizado no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Entre as vagas disponíveis, 25 serão destinadas aos servidores da Seap, duas para a Guarda Municipal de Belém e cinco para a Escolas co-irmãs do Brasil. Aos servidores da secretaria que desejam participar, é necessário que estejam lotados em casas penais dentro do Complexo.
As datas de inscrição e início do curso ainda não foram divulgadas, mas a ideia é que ementa completa do curso esteja pronta até o mês de setembro. No total, três instrutores fornecerão o treinamento aos participantes – os quais serão avaliados pelo currículo, saúde física e psicológica. Serão selecionados aqueles que alcançarem melhor aptidão.
“As raças a serem trabalhadas serão: Pastores Belgas de Malinois, Rotwelller e Pastor Alemão”, explica Joavam Ferreira, comandante do NOC e coordenador operacional do curso, representando a Guarda Municipal de Belém. Segundo ele, o treinamento será constante, respeitando todo o regramento a compor o protocolo de treino na formação e manutenção dos cães.
De acordo com Paulo Cunha, diretor da EAP, a iniciativa visa qualificar os servidores de forma híbrida, independente da raça do cão. “[O participante] vai ser treinado para que ande com qualquer cão. Os cães serão adestrados de forma que eles obedeçam [apenas os servidores]”, afirma o diretor.
“As atividades com os cães, além de desenvolver habilidades aos constituintes, possibilitará novos mecanismos para operações de revistas, intervenções e até mesmo escolta”, acrescenta o diretor Cunha. “Os cães podem ser utilizados em várias operações penitenciárias, de forma que possamos ganhar maior qualidade e segurança. Eles podem ser utilizados também na própria guarnição de vigilância”, finaliza.
Por Seap
Foto: Seap