Na manhã da sexta-feira (18), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), reuniram professores e técnicos pedagógicos que atuam no convênio educacional entre as secretarias, no auditório da Escola Estadual Cordeiro de Farias, em Belém, para planejamento do Ano Letivo de 2022 da Educação Prisional, com início previsto para o dia 08 de março.
Na ocasião, professores e técnicos pedagógicos puderam se reunir presencialmente, pela primeira vez em um ano, e compartilhar as experiências e expectativas em relação ao trabalho que realizam nas casas penais do Estado. Além dos desafios de levar a educação para dentro do cárcere, os profissionais destacaram a importância do trabalho que exercem na ressocialização das pessoas privadas de liberdade, levando conteúdo, mas também, sensibilidade para dentro da sala de aula.
A parceria com a Seduc iniciou em 2017, com a assinatura de convênio, que resultou na fundação da Escola Roberto Carlos Nunes Barroso, para levar ensino regular, por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos custodiados do sistema penitenciário paraense. Atualmente, a Escola conta com Conselho Escolar, um avanço na gestão da educação prisional, que possibilita o diálogo e a busca por parcerias, a fim de melhorar o ensino.
A SEAP e a Seduc apresentaram aos profissionais as atribuições de cada uma das secretarias na Educação Prisional, além de orientações administrativas e pedagógicas, para nortear o trabalho de técnicos e professores. Uma das recomendações por parte da SEAP, no que diz respeito ao controle e a segurança dentro das unidades penais, é a realização do cadastro biométrico dos profissionais, obrigatório para o acesso ao sistema penitenciário neste ano.
Melhorias – Dados recém-divulgados pela SEAP mostram que, nos últimos três anos, aumentou 560% o número de aprovados em média mínima no Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPLs) no Pará. O levantamento também aponta que, no comparativo absoluto de 2018 a 2021, houve um aumento de 39% no total de PPLs que participam de alguma atividade de ensino formal no sistema carcerário paraense: em 2018, eram 2.261, já em 2021, 3.137.
Por Seap
Foto: Seap