Reclamação excessiva prejudica saúde mental e relações, aponta especialista

Psicóloga alerta que hábito crônico de reclamar desencadeia ansiedade, estresse e até problemas físicos

O ato de reclamar constantemente – seja do clima, trabalho ou situações cotidianas – vai além de um simples desabafo e pode se tornar um risco para a saúde mental, segundo a psicóloga Verônica Lima, da Hapvida. A especialista explica que a reclamação crônica ativa um ciclo de negatividade que eleva os níveis de cortisol (hormônio do estresse), podendo levar a ansiedade, fadiga emocional e até problemas como insônia e queda na imunidade. “O cérebro humano tem tendência natural ao viés de negatividade, mas quando alimentamos isso constantemente, prejudicamos nossa capacidade de resolver problemas e até nossas relações”, destaca.

Além dos impactos em quem reclama, o comportamento afeta também quem convive com pessoas negativas, gerando irritabilidade e esgotamento. Como alternativa, Verônica sugere práticas como: cultivar a gratidão diária, substituir queixas por busca de soluções e estabelecer limites em relacionamentos tóxicos. “Não se trata de ignorar dificuldades, mas de equilibrar a perspectiva para preservar o bem-estar próprio e coletivo”, conclui a psicóloga, lembrando que pequenas mudanças na linguagem e no foco mental podem transformar significativamente a qualidade de vida.

Dicas para reduzir a negatividade:

  • Substitua frases como “Nada dá certo” por “O que posso aprender com isso?”
  • Reserve 5 minutos ao dia para anotar conquistas, por menores que sejam
  • Em conversas, equilibre críticas com comentários positivos
  • Observe e limite interações com pessoas que só reclamam

Foto: Canva