Dados do Ministério da Saúde revelam que 13,3 mil idosos morreram em 2024 por complicações de quedas; especialistas alertam para medidas preventivas
Nos primeiros quatro meses de 2025, o Brasil registrou 62 mil internações e 67 mil atendimentos ambulatoriais de idosos vítimas de quedas, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2024, o problema levou a 344 mil atendimentos médicos e 13.385 óbitos, tornando-se a segunda maior causa de morte acidental na terceira idade, atrás apenas de acidentes de trânsito. Especialistas alertam que fraturas no quadril, que podem levar a complicações como trombose e pneumonia, são as consequências mais graves, além do impacto psicológico que reduz a mobilidade e independência dos idosos.
Ambientes domésticos são os mais perigosos, com 60% dos acidentes ocorrendo no quarto ou banheiro, segundo a TeleHelp, serviço de teleassistência que registrou aumento de 16% para 23% nos chamados por quedas em 2025. Gerontologistas recomendam adaptações na casa (como instalação de barras de apoio e remoção de tapetes), exercícios para equilíbrio e acompanhamento médico regular. O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, Robinson Esteves, enfatiza: “Nenhuma queda em idoso deve ser ignorada – mesmo sem fratura visível, é preciso avaliação médica para evitar complicações”.
Medidas preventivas:
- Instalar pisos antiderrapantes e corrimãos
- Manter boa iluminação, especialmente à noite
- Ajustar medicamentos que causem tontura
- Estimular atividade física supervisionada
- Considerar uso de dispositivos de teleassistência
Quando buscar ajuda:
- Dor persistente ou dificuldade de locomoção após queda
- Hematomas extensos ou deformidades aparentes
- Qualquer episódio com perda de consciência
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil