Foi definida pelo Comando Geral da Polícia Militar do Pará a estratégia para evitar que um expressivo contingente de militares compareçam, fardados ou à paisana, armados ou apenas com a mão no bolso para segurar os documentos de identidade, aos atos programados por bolsonaristas para o dia 7 de Setembro. Determinação expressa, assinada pelo comandando geral da PMPA, coronel José Dilson de Souza Júnior, obriga que os cerca de 30 mil oficiais e praças da corporação, em todo o território paraense, permaneçam de prontidão a partir da 8h da próxima terça-feira.
Ou seja, mesmo quem estiver de folga, deve ficar preparado para eventual convocação. Souza Júnior justifica que manter os policiais de prontidão é necessário diante da “necessidade de eventual emprego de uma tropa reserva em razão das inúmeras manifestações sociais marcadas para o dia que se comemora a Independência do Brasil.”
Além dessa determinação expressa, o setor de Inteligência da Polícia Militar do Pará intensificou, na última semana, o monitoramento das redes sociais, ambiente onde têm proliferado manifestações mais explícitas de militares dispostos a comparecer aos atos bolsonaristas.
Como em outros estados do País, no Pará já estão ocorrendo diversas postagens de oficiais da reserva, que não apenas estimulam a participação do pessoal da ativa nas manifestações como defendem abertamente medidas antidemocráticas para afastar, segundo dizem, uma suposta conspiração de esquerdistas para derrubar o governo Bolsonaro e implantar o comunismo.
Foto: Willian Salles / PMPA