Na segunda-feira (24), a liderança indígena Alessandra Korap Munduruku, 38, recebeu o prêmio Goldman de Meio Ambiente, em cerimônia na cidade de San Francisco, nos Estados Unidos.
Concedido pela Fundação Goldman, o prêmio está entre os principais reconhecimentos internacionais a ativistas de movimentos ambientais de base. O reconhecimento se deve principalmente ao protagonismo de Alessandra na defesa do território munduruku Sawré Muybu, localizado no rio Tapajós, no município de Itaituba, na região sudoeste do Pará.
Há anos, ela vem denunciando o desmatamento ilegal por madeireiros e a nefasta invasão de garimpeiros. A escolha pelo nome de Alessandra reconhece o êxito da campanha munduruku ao barrar os planos da mineradora britânica Anglo American.
A empresa já tinha requerimentos aprovados pela Agência Nacional de Mineração) para pesquisar cobre em terras indígenas do Mato Grosso e Pará. Em 2016 a luta encabeçada por Alessandra já tinha conseguido barrar a usina hidrelétrica São Luiz do Tapajós”.
O projeto do governo federal teve seu licenciamento ambiental barrado pelo Ibama, após pressão do povo munduruku, que teria parte do seu território inundado pela obra. Em outubro de 2020, a líder indígena Alessandra Korap Munduruku recebeu um dos mais importantes prêmios para defensores dos direitos humanos em todo mundo, o Robert F Kennedy.
Foto: Goldman Environmental Prize