Evento reuniu setor mineral, poder público e sociedade civil para discutir inovação, biodiversidade e direitos de povos tradicionais
Belém sediou, nos dias 23 e 24 de junho, o II Congresso Técnico do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), consolidando-se como um dos principais fóruns de diálogo sobre o futuro da mineração na Amazônia. Realizado em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), o evento reuniu empresas, órgãos públicos, especialistas e comunidades tradicionais para debater práticas sustentáveis, inovação tecnológica e o respeito aos direitos indígenas. O encerramento ocorreu na Ilha do Combu, com um pôr do sol simbólico sobre a paisagem amazônica, marcando o compromisso do setor com a preservação ambiental.
Entre os destaques, o Instituto Tecnológico Vale (ITV) apresentou o projeto Genômica da Biodiversidade Brasileira (GBB), pioneiro no sequenciamento de DNA de espécies ameaçadas, com 743 genomas já mapeados. Outro tema central foi a Consulta Prévia, Livre e Informada (CPLI), direito de povos tradicionais em empreendimentos minerais, discutido com a participação da Funai e movimentos sociais como a Malungu. Anderson Baranov, presidente do Simineral, reforçou o compromisso do setor com “um desenvolvimento alinhado à sustentabilidade e à justiça climática”. O congresso contou com patrocínio de Vale, Hydro e outras mineradoras, além de apoio institucional do Ibram e FIEPA.
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