Na região do município de Altamira, cerca de 12 balsas dragas, usadas para realizar a extração mineral de areia e seixo no Rio Xingu, foram flagradas funcionando em condições degradantes e colocando em risco a vida de trabalhadores.
Tudo ocorreu durante uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), Auditoria Fiscal do Trabalho e Polícia Federal (PF), que iniciou no dia 11 deste mês visando realizar a fiscalização de embarcações e equipamentos na área.
De acordo com as autoridades, a ação flagrou embarcações sem condições de funcionamento e circunstâncias degradantes no trabalho de mergulhadores.
As irregularidades seriam ausência total de registro do contrato de trabalho, falta de gestão de segurança e saúde, nenhum equipamento de proteção individual, entre outros.
Além disso, as embarcações fiscalizadas não possuíam registro na Capitania dos Portos e se encontravam em estado precário, inclusive uma balsa com furo no casco e risco de naufrágio.
Nas 12 embarcações inspecionadas, todos os mergulhadores encontrados não possuíam habilitação para realização de mergulho e não usavam equipamentos apropriados que garantisse a segurança na atividade.
Segundo as autoridades, até o oxigênio utilizado no mergulho seria de procedência desconhecida. A atividade de mergulho, quando realizada clandestinamente, pode ocasionar acidentes fatais e sequelas permanentes nos trabalhadores, como paralisia e perda auditiva.
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