No Pará, Parque de Monte Alegre é escolhido como patrimônio mundial no 2022 World Monuments Watch

Entre um dos 25 patrimônios mundiais a serem apoiados pelo 2022 World Monuments Watch,  o Parque Estadual de Monte Alegre no Pará foi escolhido. Realizada a cada dois anos pelo Fundo Mundial de Monumentos (WMF), a escolha é voltada a espaços com valor patrimonial extraordinário e que enfrentam desafios urgentes. A lista foi divulgada esta semana. A seleção foi feita a partir de uma chamada que recebeu mais de 225 inscrições. 

Elas passaram pela análise do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) que, juntamente a um painel independente de especialistas internacionais, fez a seleção final. A indicação de Monte Alegre foi resultado do relatório coordenado pelos arqueólogos Edithe Pereira (MPEG) e Claide Morais (UFOPA) em parceria com a plataforma Cipó, e o parque se tornou o único monumento brasileiro na lista de 2022.

Os patrimônios escolhidos, de acordo com os organizadores do prêmio, abarcam vários desafios que precisam ser enfrentados para melhorar a vida de suas comunidades e ajudá-las a se adaptar para o futuro. Entre esses desafios estão o aquecimento global, a sub-representação, o turismo desequilibrado e a ocorrência de crises (sejam conflitos humanos ou desastres naturais). O Fundo Mundial de Monumentos (WMF) é uma organização não governamental dedicada a catalogação e conservação do patrimônio cultural mundial. 

A organização tem sede em Nova York, nos Estados Unidos e escritórios no Camboja, na Índia, em Portugal, na Espanha, no Peru e no Reino Unido. Foi criada em 1965 e desde então promoveu ações de catalogação e preservação do patrimônio em mais de 700 localidades em 112 países. O Parque Estadual de Monte Alegre, situado no oeste do Pará, tem 5.800 hectares e possui características únicas, como um complexo de serras em pleno cenário amazônico; cavernas; sítios arqueológicos com pinturas e gravuras rupestres deixadas pelos primeiros habitantes da região, entre 12 e 6 mil anos; enclaves de cerrado e espécies ameaçadas de extinção.

Foto: Priscila Olandim/Semas Pará