A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está a investigar uma denúncia séria contra o cirurgião plástico Wilian Pires de Oliveira Junior, também chamado de “médico das estrelas”. Ele já tem um histórico de condenações por mutilação e lida com vários processos por negligência médica. Nesta ocasião, a vítima, uma modelo, reclama que o médico cortou seu clitóris sem seu consentimento durante um procedimento estético, além de não prestar assistência pós-operatória adequada.
A intervenção cirúrgica, executada em 5 de fevereiro de 2025 em um hospital de Goiânia (GO), integrava um pacote de estética de R$ 137 mil pago pela modelo, que incluía lipoaspiração de alta definição, implantes de silicone e ninfoplastia (remoção da pele dos lábios vaginais). Contudo, de acordo com o boletim de ocorrência emitido em 28 de fevereiro, o processo se converteu num verdadeiro pesadelo.
A modelo declara que, além da ausência de suporte no período pós-operatório, foi vítima de um erro grave na cirurgia íntima. Depois de acordar da sedação, a vítima descreve ter se deparado com um quarto repleto de sangue e sem assistência médica. A modelo e sua mãe tiveram que trocar o lençol manchado de sangue por conta própria.
A assistência após a cirurgia só começou mais de 12 horas depois, e a médica encarregada teria minimizado o problema. A vítima também relatou que, após a exposição do caso nas redes sociais, o médico a processou por calúnia e ameaça, com o intuito de desacreditar suas alegações. Wilian Pires de Oliveira Junior fez um boletim de ocorrência contra a modelo, alegando que ela cometeu calúnia e ameaça, e nega que tenha cometido um erro médico.
Em comunicado, o médico afirma que “os procedimentos foram executados após avaliação e sugestão terapêutica, além de consentimento prévio e consentimento, respeitando todas as normas éticas e técnicas”. Ele garante que não ocorreram complicações ou efeitos colaterais, e que a paciente recebeu toda a assistência necessária no período pós-operatório.
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