O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) já verificou a envergadura do desafio para garantir cidadania a crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas dessa região do Marajó, somente em 11 meses deste ano, em que começou a atuar nos municípios do Arquipélago, no norte do Pará.
Até 30 de novembro, o Ministério levantou 322 denúncias e 1.998 violações de direitos humanos no Marajó. Com relação à violência sexual (abuso sexual físico, estupro e exploração sexual) contra crianças e adolescentes, foram 56 denúncias e 81 violações.
A diferença entre os quantitativos de denúncias e violações se dá pelo fato de que uma denúncia pode abranger mais de uma violação. Os dados são do painel da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (Disque 100).
A intenção dos dirigentes e técnicos do MDHC é de que, a partir de 2024, sejam intensificadas ações de cidadania no Marajó. Eles se reuniram com lideranças comunitárias na sede da Defensoria Pública do Estado do Pará, em Belém (PA).
Entre os participantes dessa 2ª reunião do Fórum Permanente da Sociedade Civil no Marajó, esteve o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira.
Foram encaminhadas seis mil cestas para famílias nas regiões de Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Oeiras do Pará, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.
Foto: Claudio Santos / Arquivo-Ag. Pará