No Dia Mundial de Conscientização, pacientes relatam desafios da condição autoimune que combate preconceito e falta de diagnóstico
Neste 10 de maio, Dia Mundial do Lúpus, pacientes como Suellen Souza, 28, revelam os desafios de conviver com uma doença crônica que não aparece: “Já duvidaram da minha dor no trabalho porque eu ‘parecia saudável'”. Estima-se que 65 mil brasileiros tenham lúpus eritematoso sistêmico (LES), condição autoimune em que o corpo ataca seus próprios tecidos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. A doença, que afeta principalmente mulheres entre 20 e 45 anos (90% dos casos), pode danificar rins, pele, articulações e até o sistema nervoso, exigindo tratamento contínuo.
Embora incluído nas diretrizes de doenças raras em 2023, pacientes cobram mais atenção do poder público. Dados do Ministério da Saúde mostram 24.029 mortes por lúpus entre 2000-2019, sendo 89,9% mulheres. O sol é um dos principais vilões – raios UV podem desencadear crises, exigindo proteção rigorosa. “Com medicação, acompanhamento e empatia, é possível ter qualidade de vida”, afirma o reumatologista Kristopherson Lustosa. Nesta data, o alerta é claro: dor invisível também dói.
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