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Se pudesse voltar no tempo, James Cameron acredita que seria menos duro com atores e outros membros da equipe no set dos seus filmes. O cineasta refletiu sobre sua fama de “ditador” durante aula da plataforma Masterclass, repercutida pelo SlashFilm.
“Eu poderia ter sido um ouvinte melhor. Poderia ter sido menos autocrático. Poderia ter entendido que as pessoas, os seres humanos, são mais importantes do que o filme”, comenta ele em um dos vídeos.
O responsável por clássicos como Titanic e O Exterminador do Futuro ainda revela a lição que gostaria de ter aprendido mais cedo: “Fazer filmes é um longo processo de aprendizado, e eu gostaria que alguém tivesse me ensinado antes qual é o papel do líder de um grupo. [Cinema] não é uma ditadura, é um processo colaborativo”.
Cameron também elogia um de seus colegas, Ron Howard (Han Solo: Uma História Star Wars, Uma Mente Brilhante), pela forma como costuma se comportar nos sets. “Eu visitei as filmagens de um projeto dele, e fiquei embasbacado com a quantidade de tempo que ele passava elogiando seus atores e sua equipe”, diz.
“Eu e Ron somos pessoas muito diferentes, mas minha aspiração, hoje em dia, é encontrar o Ron Howard que existe dentro de mim”, brinca o cineasta.
A fama de “chefe infernal” de Cameron é antiga. Em 1989, após conflitos nas filmagens de O Segredo do Abismo, o ator Ed Harris até mesmo se recusou a participar de atividades promocionais do longa, “de tão indignado que ficou com o comportamento do diretor”.
Atualmente, o cineasta trabalha em suas sequências de Avatar. A primeira delas, Avatar 2, está prevista para estreia nos cinemas em 16 de dezembro de 2022. Avatar 3 chega em 2024, Avatar 4 em 2026, e Avatar 5 em 2028.