Um remédio para combater a covid-19. Nessa intenção é que a farmacêutica Pfizer está trabalhando. A droga apresentou resultados satisfatórios nos testes em laboratório e deve, agora, seguir para a fase clínica (com humanos), segundo comunicado oficial da companhia.
Caso a nova fase de testes prove eficácia e segurança do medicamento, o remédio poderá ser prescrito no início da infecção, para bloquear a replicação viral antes que os pacientes tenham sintomas mais graves e necessitem de internação. Para cumprir essa tarefa, o medicamento se “liga” a uma enzima chamada protease para impedir a replicação do vírus.
Drogas que atuam da mesma forma têm resultados bem-sucedidos no tratamento de outros tipos de vírus, como o do HIV e da Hepatite C. Segundo a farmacêutica, o medicamento deverá ser administrado duas vezes ao dia durante cerca de cinco dias.
Mikael Dolsten, diretor científico da Pfizer, disse em comunicado que “dada a forma como Sars-CoV-2 está sofrendo mutação e o impacto global contínuo da covid-19, será fundamental ter acesso a opções de tratamento agora e após a pandemia”. Se os resultados iniciais forem animadores, a Pfizer poderá começar um estudo combinado de fase 2 e 3 no início do segundo trimestre.
Para Dolsten, isso pode permitir a solicitação de autorização de uso de emergencial na FDA (Food and Drug Administration), a Anvisa americana, seja feita até o final deste ano, dependendo da evolução da pandemia. Embora o teste de eficácia inicial se concentre em pessoas com sintomas leves e no início da infecção, a Pfizer também planeja testar se a droga funciona para proteger pessoas saudáveis que foram expostas ao coronavírus.