Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
SÃO PAULO – A alta da taxa Selic em curso pelo Banco Central (BC) tem feito a demanda do investidor pela renda fixa voltar com toda força em 2021.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgados nesta quarta-feira (4), a indústria de fundos registrou captação líquida de R$ 296,4 bilhões de janeiro a julho deste ano, um crescimento de aproximadamente 365%, frente aos R$ 63,7 bilhões registrados em igual período do ano passado.
Boa parte do resultado se deve ao interesse crescente pelas oportunidades oferecidas por títulos públicos e privados por meio de fundos de investimento.
Do total captado pela indústria em 2021, até julho, R$ 140,4 bilhões, ou cerca de 47,3%, foram direcionados para fundos de renda fixa. No mesmo intervalo de 2020, a classe havia sofrido resgates da ordem de R$ 56,9 bilhões.
Ainda entre as categorias que tiveram as maiores entradas líquidas de recursos no ano, a captação chegou a R$ 92,8 bilhões no caso dos fundos multimercados, e totalizou R$ 62,1 bilhões entre os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).
Nos fundos de ações, os aportes já superaram os resgates em R$ 4,9 bilhões no acumulado de 2021, enquanto os fundos de previdência registraram captação líquida de R$ 7,8 bilhões no período.
Rentabilidade
No que tange ao retorno entregue aos investidores, dentre as categorias de maior representatividade entre cada uma das classes, na renda fixa, os fundos classificados como “renda fixa duração baixa grau de investimento” têm alta de 1,8% em 2021, até julho. Já os fundos da categoria “renda fixa duração baixa soberano” acumulam ganho médio de 1,3% no intervalo. A variação do CDI foi de 1,64%.
Na renda variável, os fundos do tipo “ações livre” têm rentabilidade de 5,26%, enquanto os “ações investimento no exterior” avançam 11,56%. O Ibovespa acumula alta de 2,34% no mesmo intervalo.
No caso dos multimercados, os fundos classificados como “multimercados macro” registram valorização de 1,36% em 2021. Os “multimercados livre”, por sua vez, têm alta de 2,94% na mesma janela de comparação.