Idosos são os mais afetados pelo calor do aquecimento global

Nova pesquisa científica publicada na revista Nature Communications apontou que quase um quarto da população idosa mundial poderá estar vivendo em áreas de calor excessivo até a metade do século.

A previsão é que em 2050 sejam quase 250 milhões de idosos vivendo em um planeta grassado pelos efeitos do aquecimento global.

A exposição a altas temperaturas pode causar desidratação, distúrbios de sódio, disfunção renal e até mesmo a morte, sobretudo entre os mais velhos. No estudo, os pesquisadores analisaram as projeções demográficas dos diferentes continentes.

Eles compararam com os dados de temperaturas do planeta previstas para o próximo quartil deste século. Até 2050, é esperado que a exposição ao calor excessivo duplique em todos os cenários. Os autores do estudo definiram como limiar crítico as temperaturas máximas diárias de 37,5 °C.

Atualmente, 14% da população com mais de 69 anos já sofre essa exposição crônica ao calor. Segundo as estimativas, na metade do século, mais de 23% dos idosos estarão vivendo nas regiões mais afetadas pelo aquecimento global na África, na Ásia e na América do Sul.

Foto:  Marcello Casal jr/Agência Brasil