No Pará, a prévia da inflação aponta alta de 0,39% este mês, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). A média da inflação de abril no país foi de 0,6%.
Belém apresentou o menor crescimento nacional este mês, regenerando-se da mais alta taxa de inflação do Brasil — 1,49% — registrada em março. No acumulado deste ano, a inflação do Pará (3,34%) é maior que a do país (2,82%). Em 2021, viver em Belém está mais caro que viver em Goiânia (2,77%), Rio de Janeiro (2,62%) e São Paulo (2,24%).
No entanto, o rendimento médio do trabalhador do Pará é de R$ 1.727, ao passo que em Goiás (R$ 2.235), em São Paulo (R$ 3.078) e em Rio de Janeiro (R$ 3.096) os ganhos são consideravelmente superiores. Em linhas gerais, ganha-se menos e paga-se mais por itens básicos no Pará.
O transporte pesa sem parar no bolso do paraense. A alta no preço médio do serviço foi de 1,24% e, no acumulado do ano, de 6,23%. Se continuar crescendo nesse ritmo, a população do Pará poderá encerrar o ano gastando quase R$ 19 a mais para cada R$ 100 desembolsados.
Além disso, nos últimos três anos, os gastos com transportes da população paraense, que consomem 18,24% do orçamento, ultrapassaram as despesas com aluguéis, que representam atualmente 15,59%. O aumento nos transportes foi puxado pelo galope no preço dos combustíveis, que encareceram a circulação de veículos automotores. O preço nas refinarias é repassado ao consumidor, que sente mais os efeitos colaterais da alta.
Foto: Agência Brasil/EBC