Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (21) que a pasta vai passar por uma “reorganização interna”, que vai envolver a área de “emprego e renda”. Guedes deu a declaração pouco depois de o presidente anunciar que uma pequena reforma ministerial será divulgada na segunda-feira (26).
O blog da Natuza Nery já havia adiantado, nesta terça (20), que Bolsonaro deverá recriar o Ministério do Trabalho. A pasta, no início do governo dele, foi absorvida pela Economia e ficou sob a alçada de Guedes.
Ainda de acordo com o blog, o ministro do Trabalho deverá ser Onyx Lorenzoni, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Além disso, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), líder do Centrão, deve ir para a Casa Civil. O atual ocupante da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, seria mantido no Planalto graças à vaga aberta por Onyx.
A estratégia de Bolsonaro com o novo desenho da Esplanada é ganhar mais apoio no Congresso.
Guedes falou sobre a reorganização interna em sua pasta, sem entrar em detalhes, durante evento de apresentação dos dados da arrecadação federal em junho.
“Tem novidade até na nossa organização estrutural, vamos fazer uma mudança organizacional aqui também, essas novidades são justamente na direção de emprego e renda”, afirmou o ministro.
Guedes disse que as mudanças serão para “acelerar o ritmo de criação de empregos”.
“Já estamos criando 1 milhão e 300 mil empregos [formais] nos primeiros meses deste ano, e vamos acelerar o ritmo de criação de emprego, inclusive com uma reorganização nossa interna, são novidades que o presidente deve trazer rapidamente”, completou o ministro.
Desmembramento na Economia
Se confirmada a mudança, será o primeiro desmembramento na estrutura do Ministério da Economia, desenhada por Guedes.
A pasta é resultado da fusão dos antigos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e do Trabalho, além de absorver as funções do Ministério da Previdência, que já tinha sido extinto em 2015.
Guedes criou o “superministério” da Economia para concentrar as decisões sobre política econômica em suas mãos.
Atualmente, o Ministério da Economia conta com oito secretarias especiais. Uma delas é a secretaria especial de Previdência e Trabalho, comandada por Bruno Bianco Leal. Antes, a secretaria foi comanda por Rogério Marinho, que saiu para virar ministro do Desenvolvimento Regional.
A secretaria especial de Previdência e Trabalho foi a responsável, até aqui, pela reforma da Previdência, contrato de trabalho Verde Amarelo (que foi extinto), revisão das normas regulamentadoras do trabalho, entre outros projetos.