Governo do Pará retoma atendimento gradual de especialidades no Abelardo Santos

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

Descentralizar a gestão e impulsionar as ações de segurança pública, a fim de reduzir os índices de criminalidade na região e promover a paz social, são os principais objetivos do Projeto “Segurança Por Todo o Pará”, iniciado nesta quinta-feira (15), no Oeste do Pará. Gestores estaduais de segurança pública estiveram na sede municipal de Santarém para implantação do Comitê Integrado de Gestores de Segurança Pública Regional (Cigesp), obedecendo às normas de proteção à Covid-19, no auditório da Escola Técnica de Santarém.

O projeto, promovido pela Secretaria Adjunta de Gestão Operacional (Sago), já passou pelos municípios de Redenção, Abaetetuba e São Félix do Xingu, alcançando a 13ª, 4ª e 14ª regiões integradas de Segurança Pública (Risp), respectivamente, e agora a 12ª Risp, na região do Baixo Amazonas. O próximo município a receber o projeto é Castanhal, na Região Metropolitana de Belém.

“O projeto reflete o que nós pregamos desde o início, que é realmente estarmos presentes em todo o território paraense, não só na Região Metropolitana de Belém, conversando e ouvindo na ponta aqueles que trabalham na segurança pública, trazendo nossas estatísticas e ouvindo quais são as estratégias, para que possamos melhorar a segurança pública em toda a regional específica. Hoje estamos em Santarém reunindo com todos os gestores, com aqueles que operam na região, para que possamos definir ações, necessidade de equipamentos, logística e ações necessárias para combater a criminalidade na região”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

Após 35 dias de atendimento de pacientes infectados com o novo coronavírus, o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém, retoma de forma gradual os atendimentos às especialidades médicas do seu perfil de atendimento. O retorno, que inicia a partir desta quinta-feira (15), é uma estratégia do Governo do Estado do Pará, implantada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), para atender as demandas de outras doenças que também não deixam de acometer a população em tempos de pandemia.  

Tendo em vista que há uma redução na procura por leitos clínicos de pacientes com a Covid-19 e a demanda represada para outras especialidades, o HRAS inicia o processo de retomada gradual. Desta forma, a unidade, a partir de amanhã, reabre 50 leitos clínicos para as especialidades de nefrologia, clínica médica, urologia, cirurgia vascular, ortopedia, entre outras de seu perfil.

“Mesmo com esta diminuição na procura por leitos clínicos, a equipe técnica da Sespa está sempre atenta ao cenário da pandemia no Estado e por isso está preparada para reativar mais leitos exclusivos de Covid no HRAS a qualquer momento. Nossa intenção com a mudança, neste momento, é retomar o atendimento de outras especialidades que também precisam de atenção e não deixar que o tratamento delas seja prejudicado pela pandemia”, afirma o Secretário de Saúde do Estado, Rômulo Rodovalho. 

O pronto-atendimento às grávidas também será retomado no HRAS na mesma data.  O serviço estava suspenso na unidade desde o dia 27 de março, quando houve a necessidade – após a avaliação técnica da Sespa – da ampliação dos leitos de Covid-19, na Região Metropolitana de Belém. À época, as pacientes foram encaminhadas à Santa Casa de Misericórdia do Pará. 

Na próxima segunda-feira (19), o HRAS retomará mais 50 leitos clínicos, perfazendo um total de 100 leitos, atendendo a obstetrícia e as outras especialidades. 

É importante salientar que mesmo com a mudança o Hospital permanecerá com 25 leitos clínicos para o atendimento à Covid-19, que servirão de retaguarda aos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

De acordo com o diretor geral do HRAS, Marcos Silveira, apesar do momento pandêmico, o Governo do Pará não deixa de se atentar às outras doenças. “Através de uma avaliação da Secretaria de Saúde, verificou-se a necessidade da retomada segura e gradual das especialidades que dependem a população do Estado”, explicou. O diretor observa ainda que há muitas enfermidades que acometem a população paraense e que não podem ser proteladas. “No primeiro momento, não vamos deixar de dar assistência aos pacientes de Covid-19, por isso, essa mudança será feita aos poucos. Porém, há pessoas precisando de tratamento urgente em outras áreas”, avaliou Silveira.

Assistência continuada – Para dar continuidade à assistência aos pacientes de Covid-19, antes regulados ao HRAS, a Sespa dispõe de leitos clínicos em seis hospitais estaduais somente na RMB. Dentre eles estão o Hospital Público Estadual Galileu;  Gaspar Viana; o Hangar- Hospital de Campanha de Belém; Santa Casa de Misericórdia; Hospital Divina Providência; Jean Bitar e o Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.  

Ambulatório HRAS – Para ter acesso aos ambulatórios e procedimentos especializados no HRAS, – exceto a pediatria e a obstetrícia que são ‘porta aberta’ – o paciente precisa ser encaminhado via Sistema de Regulação (Sisreg), ou seja, por meio de agendamento feito nas Unidades Municipais de Saúde, que realizam o primeiro atendimento clínico. “Temos quase 20 especialidades no Hospital, sendo referência, por exemplo, em urologia, pediatria, nefrologia, ortopedia e cirurgia neurovascular. Com essa retomada, voltaremos de forma gradual, aos atendimentos habituais da instituição”, observou Paulo Henrique Ataíde, diretor técnico do HRAS.

Covid-19 – O HRAS passou a ter o atendimento exclusivo à Covid-19 no dia 11 de março. Com pouco mais de um mês da prestação do serviço, o Hospital atingiu a marca de quase 600 atendimentos de pacientes vindos do sistema de regulação. Com a alteração, a Unidade passou a operar com 65% da sua capacidade no acolhimento à doença, com 95 leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) e 125 clínicos, totalizando 220.

Texto: Roberta Paraense/Ascom HRAS

Por Agência Pará