Foto: Divulgação
“Quando pensei na AMZ, eu queria levar a Amazônia para todos os lugares do mundo”, esse foi o principal motivo que fez Leandro Daher investir e abrir o próprio negócio a partir da mistura da flor do jambu, uma planta com a bebida gin, que tem feito sucesso dentro e fora do Brasil. “A minha maior inspiração é a floresta, é Amazônia. É tentar manter a floresta em pé”, frisou o empreendedor.
“Eu já tinha começado a estudar destilação e tive um insight que não existe um gin de jambu. Decidi começar fazer a receita e fui atrás de consultoria para conseguir finalizar a fórmula e ficar algo profissional”, pontuou Leandro que lançou a AMZ Tropical Gin de Jambu em 2021.
Hoje, a empresa tem o produto em quatro formatos: garrafa, lata de refil, sachê e jambu tônica. As embalagens são nas cores verde, em referência a floresta; amarelo, por causa da flor do jambu; e dourado, que lembra o requinte da bebida. A linha presente nas embalagens significa a linha do Equador. Em abril, será lançado o gin tradicional amazônico.
Yvens Penna, que é cliente da AMZ, vê a bebida como um produto diferenciado. “Essa mistura de Inglaterra com a Amazônia, essa peculiaridade, singularidade, são o valor do produto. O Leandro conseguiu extrair o melhor do jambu, são notas frescas, muito limpas, um produto diferenciado e que oferece muita personalidade”.
O dono do Muamba Bar, enfatizou que o gin de jambu tem uma excelente aceitação pelos clientes. No momento, Yvens comanda o Festival Amazônia Sour, que tem o objetivo de ser um indutor na identidade de coquetelaria na Amazônia, a AMZ é uma das bebidas que está no projeto.
“É um produto que gera valor para o estabelecimento, não só no sentido de posicioná-lo, como ofertas de coquetéis diferenciados, com produtos diferenciados, mas também receita, pois são coquetéis que giram e vendem muito”.
Relacionamento
A história de Leandro com o Sebrae no Pará é de longos anos. Antes de abrir a AMZ, o empreendedor chegou a participar do projeto incubadora de empresa e cursos como administração para não administradores. “Por ser formado em publicidade e propaganda, a parte da administração foi muito difícil no início da minha carreira, o Sebrae me ajudou muito nisso”.
Já à frente da AMZ, com mais experiência, Leandro fez as consultorias de estudo tributário, estudo de viabilidade econômica, estoque, financeiro, formação de preço e participou do Programa Empretec.
“O Empretec é desafiador. Para quem não fez, recomendo muito. Era uma semana imersivo naquilo, tu tinhas um grande desafio, tinha que vender, tinha que fazer, e é um divisor de águas para todo empreendedor”.
Após o Sebrae, o empreendedor viu o seu faturamento crescer. “Houve, sim, um aumento, a cada ano a gente está praticamente dobrando o faturamento”, garantiu Leandro que também faz parte do projeto de internacionalização da instituição e tem como objetivo a abertura de novos mercados.
Internacionalização
“Desde o início da AMZ, eu a fiz para exportar. Esse projeto de internacionalização do Sebrae, para quem é daqui da região da Amazônia, foi muito bom. A primeira feira que a gente participou foi a Natural Tech, lá em São Paulo. Também participamos de várias rodadas online”.
Em 2023, Leandro foi à China se preparar para o mercado internacional, fazer parcerias e capacitar para COP 30, evento que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém do Pará. “Vi muita coisa de embalagem na feira, a parte de papelão que ainda não fechei. Mas, o foco principal é a garrafa de vidro”.
O empreendedor percebeu que exportar a garrafa de vidro da China, irá diminuir seus custos. “No início, tinha a produção que era muito cara, com a ajuda do Sebrae a gente conseguiu baratear. Estou trazendo o primeiro lote de garrafas da China. Com a chegada dessas garrafas, vamos conseguir ficar mais competitivo e mandar para fora a um preço muito mais barato”.
Leandro já exporta Para os EUA. O lançamento do produto no país ocorreu no último sábado (24). “Fizemos a exportação e estamos abrindo uma importadora própria da AMZ lá. Bebida é volume. A ideia é mandar o container inteiro para lá, armazenar no distribuidor parceiro e a partir de lá atender o mercado todo”.
A paraense Munike Rabelo, mora nos EUA e se tornou distribuidora da marca após conhecer o produto. “Ganhei a garrafa de um amigo, particularmente amei. Gostei tanto que fui atrás do Leandro e agora sou distribuidora do produto na Flórida”.
Premiação
Em janeiro, a AMZ foi premiada no evento World Gin Awards, que ocorreu em Londres. A premiação abriu portas para o mercado internacional.
“Concorremos na categoria Signature Botanical, que é o botânico singular. Ficamos em segundo lugar mundial. No Brasil, ninguém mais pontuou nessa categoria. Isso provou que o jambu e a Amazônia têm muito a ofertar. Para nós, foi muito importante, fomos convidados para uma feira em Londres, lançamos o produto em Miami e iremos para uma feira na Califórnia”.
Negócio na COP 30
Para o grande evento, será lançada uma loja que o cliente tenha a experiência de saber como o produto é fabricado. “A ideia é que o cliente chegue e tenha à experiência total do nosso produto, possa degustar, provar os novos produtos, vamos fazer pesquisa e vai ser uma grande vitrine. Vai ter atendimento em inglês e espanhol”.
O empreendedor confessou estar muito confiante com a COP. “Estamos apostando muito na COP. Acho que vai ser uma grande vitrine, será um divisor de águas para Belém e vai deixar um legado. Vivemos um novo momento, de empreender na bioeconomia para não deixar acabar a floresta. Acredito que a bioeconomia é quem vai salvar a floresta”.
Metas
Para exportação, Leandro tem como meta chegar nos mercados da China e da Índia. Com foco na COP 30, o empreendedor pretende inaugurar a indústria da AMZ em abril de 2024 e abrir franquias do empreendimento.
“A ideia da loja é talvez testar um modelo de franquia para todo o distribuidor que eu tiver. Os próximos passos da AMZ é a expansão, tanto comercial, como de produto e sabores, para podermos aumentar o faturamento e atuação”.
Para conhecer mais os produtos da AMZ, acesse @amztropical