Fim da força-tarefa da operação da Lava Jato no Paraná é anunciado pelo MPF

Foto: Geraldo Bubniak/AGB

Deixou de existir na segunda-feira, 01, a força-tarefa da operação Lava Jato no Paraná. O anúncio foi feito pelo MPF (Ministério Público Federal) na manhã desta quarta-feira, 3. A força-tarefa foi incorporada ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPF. A PGR (Procuradoria Geral da República) nomeou 4 procuradores da força-tarefa da Lava Jato paranaense no Gaeco.

Outros 10 membros seguem designados para atuação em casos específicos ou de forma eventual até 1º de outubro de 2021. Eles trabalharão sem dedicação exclusiva aos processos. O anúncio ocorre na mesma semana em que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu o sigilo das conversas entre procuradores da operação Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro obtidas na na operação Spoofing.

Alessandro José de Oliveira, coordenador da força-tarefa, vai assumir o núcleo da Lava Jato no Gaeco. Ele disse que a operação trouxe “avanços” no combate à corrupção no Brasil. A equipe da operação Lava Jato no Paraná chegou a ganhar o apelido de “República de Curitiba” pelo papel que exerceu no Brasil a partir de 2014, ano em que o grupo foi constituído.

Em 2020, no entanto, a força-tarefa paranaense, responsável pela maior operação contra a corrupção do país, teve um ano de derrotas, redução no seu protagonismo e perda de intensidade. Além dos atritos com a PGR (Procuradoria Geral da República) e da saída do ex-coordenador Deltan Dallagnol, a equipe teve o ritmo de trabalho reduzido.

O número de denúncias oferecidas foi reduzido à praticamente a metade em relação a 2019. Foram apresentadas 15. No ano anterior, foram 29. Em janeiro deste ano, a Lava Jato deflagrou sua última fase, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão para aprofundar investigações sobre possíveis atos de lavagens de dinheiro relacionados a crimes praticados na Petrobras e no Transpetro.