Filme de Gentili deve deixar de ser exibido por plataformas, determina ministério

As plataformas com direitos de distribuição do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola devem suspender imediatamente a exibição do longa-metragem, determinou o Ministério da Justiça e Segurança Pública na terça-feira,15, em caráter cautelar. Se as empresas não cumprirem a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem ser penalizadas com multa diária de R$ 50 mil. A pasta comandada pelo ministro Anderson Torres alega que a suspensão é aplicada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”. 

São citados, para embasar a decisão, o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal. Anderson Torres criticou o filme no fim de semana, ao afirmar que ele tem “detalhes asquerosos”. O ministro adiantou, então, que a pasta iria adotar “providências cabíveis” para o caso. Nos últimos dias, o filme lançado há cinco anos tornou-se alvo de críticas nas redes sociais por incentivar a pedofilia, na visão de muitos internautas.

Diante disso, o roteirista e ator do longa, Danilo Gentili, retrucou os comentários negativos, em seu Twitter, ao afirmar que o “maior orgulho” de sua carreira é ter conseguido “desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”. A história do filme narra como o personagem Pedro encontra um diário que ensina a provocar caos na escola, sem ser pego, e resolve seguir as dicas com seu amigo Bernardo. 

A narrativa é baseada no livro de Danilo Gentili, lançado em 2009, que leva o mesmo nome. Na cena mais polêmica, que viralizou no último domingo (13/3), Cristiano, personagem de Fábio Porchat, aparece tentando seduzir dois meninos. Mediando um conflito entre os garotos, o vilão diz: “Vamos esquecer isso tudo, deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punheta pro tio”.

Foto: divulgação