‘Extra omnes’, ou ‘Todos para fora’ é proclamado e inicia o Conclave na Capela Sistina

Diogo Ravelli, mestre das cerimônias litúrgicas papais, pronunciou o “Extra omnes” (“Todos para fora”) antes de encerrar as atividades na Capela Sistina, nesta quarta-feira, 7. Esta é a indicação do isolamento dos cardeais para o começo do conclave que determinará o sucessor do papa Francisco.

De acordo com o Vaticano, o “Extra omnes” representa um apelo — na realidade, uma ordem — aos que não pertencem ao conclave para que se retirem da Capela Sistina, uma vez que o processo eleitoral é sigiloso. Os 133 cardeais convidados para o conclave já se encontram na Capela Sistina, local onde ocorrerá a eleição do novo líder da Igreja Católica. A capela foi encerrada aproximadamente às 12h45 (horário de Brasília).

O Vaticano transmitiu em tempo real, às 11h30 do horário de Brasília, o instante em que todos se dirigiram ao local em procissão. A origem da tradição de pronunciar o “Extra omnes” é incerta, porém a votação secreta remonta ao século XIII, como uma tentativa de acelerar a escolha dos pontífices.

Naquela época, as eleições podiam se estender por anos, influenciadas pelas disputas políticas entre cardeais franceses e italianos, bem como pelas forças políticas vinculadas a diversos monarcas.  O latim é a língua predominante usada pelo colégio cardinalício para transmitir suas decisões durante o conclave. “Habemus Papam” (Temos um papa) é a expressão mais conhecida.

A língua também é empregada nas cédulas eleitorais (“Elejo in Summum Pontificem”, ou Escolho o Sumo Pontífice), e na proclamação do novo papa, que inclui a escolha do seu nome pelos fiéis na Praça São Pedro. O cardeal Pietro Parolin, presidente do conclave e um dos favoritos, dirigiu as últimas palavras aos cardeais antes da procissão.

Foto: Youtube vaticannewsit