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Por G1 Pará
O projeto paraense Amana Katu conquistou o segundo lugar no Enactus World Water Race, competição internacional que premia iniciativas sustentáveis de saneamento básico, no Vale do Silício, nos Estados Unidos. A iniciativa é desenvolvida pela ONG universitária Enactus da Universidade Federal do Pará (UFPA). Dentre os 13 times Enactus espalhados pelo Brasil, a equipe paraense foi a única a chegar até a final da competição.
O Amana Katu foi inscrito na competição com outros 130 projetos de 27 países. Criado em 2017, o projeto tem como principal objetivo democratizar o acesso à água para populações carentes. A iniciativa utiliza uma tecnologia de captação de água da chuva que chega a ser 52% mais barata do que as utilizadas atualmente.
“Dado o momento que a nossa Amazônia vive, ver o Amana Katu conquistar o 2º lugar do World Water Race em pleno Vale do Silício, polo global de inovação, energiza o nosso trabalho e comprova que o desenvolvimento sustentável é o caminho para uma Amazônia mais justa e forte economicamente”, comemora Noel Orlet, presidente do Time Enactus UFPA.
A alternativa para o tratamento de água proposta pelo Amana Katu é importante para o estado. De acordo com uma pesquisa do Instituto Trata Brasil, em 2017 o Pará possuía uma média de apenas 37% de suprimento de água de qualidade. Ainda segundo o estudo, menos de 2% da população tem acesso ao tratamento de esgoto. Em muitos municípios do interior do estado, as pessoas precisam coletar água em poços artesianos ou em rios próximos.
Conquistas
Antes do prêmio internacional, o Time Enactus UFPA já acumulava conquistas. A ONG era a atual vencedora da competição global. Em julho deste ano, os estudantes já haviam conquistado o primeiro lugar de uma competição de projetos de empreendedorismo social do Brasil,no mês de julho, em São Paulo.
Além do Amana Katu, os estudantes também apresentaram outros quatro projetos mantidos em Belém para grandes investidores e mundiais, além de representantes do pacto global de sustentabilidade da ONU. Costuraê, Minerva, Cíclica e Fiero também são criações dos estudantes, que trabalham com o empoderamento feminino, redução do descarte inadequado de lixo e aproveitamento de alimentos.