Corrupção e crime ambiental condenam dono da Dolly à prisão

Laerte Codonho, dono da fabricante de refrigerantes Dolly, foi sentenciado a 11 anos, 10 meses e 4 dias de encarceramento por corrupção ativa, falsificação de documentos e delitos ambientais. A decisão, proveniente da 4ª Vara de Itapecerica da Serra (SP), foi divulgada na sexta-feira passada (14). Além de Codonho, mais sete indivíduos foram sentenciados em primeira instância pela Justiça.

Há espaço para recursos. O magistrado Djalma Moreira Gomes Júnior rejeitou o pedido do empresário para substituir a detenção por medidas restritivas, como o uso de tornozeleira. Ele também terá que arcar com uma penalidade.

O Ministério Público apresentou uma denúncia contra o proprietário da Dolly ao Tribunal de Justiça de São Paulo em abril de 2019. Conforme a denúncia, “Laerte Codonho, através de sua empresa Stockbanck, provocou danos ambientais em um terreno em São Lourenço da Serra, localizado na Rodovia Regis Bitencourt”.

“O terreno então adquirido pela empresa Stockbanck consistia em área de preservação permanente, conforme laudo da CETESB juntado às fls. 364/374, de sorte que qualquer modificação dependia de prévia autorização do órgão ambiental competente”, diz o processo.

No caso, a defesa de Laerte solicita a anulação do processo “devido à investigação conduzida pelo Ministério Público sem o respeito aos direitos fundamentais do réu e de seu advogado”.

Foto: divulgação