Conheça a família do interior de Minas Gerais que criou a marca Catupiry

No início do século XX, dois italianos imigrantes, Mário e Rosa Silvestrini, chegaram ao Brasil trazendo algo valioso: uma receita de requeijão distinta de todas as já existentes aqui no Brasil. Em Lambari, uma cidadezinha de Minas Gerais famosa por suas águas minerais, iniciaram a produção artesanal do primeiro requeijão cremoso do Brasil. A produção era básica, realizada com extrema atenção.

Cada unidade era acondicionada em papel celofane e colocada em caixas redondas de madeira. Um produto ainda modesto, porém com uma característica marcante: a cremosidade inigualável. A novidade rapidamente se disseminou. Rapidamente, o requeijão se espalhou por toda a área, obrigando o pequeno empreendimento a se expandir.

Em 1949, a fábrica se transferiu para São Paulo, adquirindo maior capacidade para suprir a demanda em expansão. Neste ponto, o próprio nome já expressava tudo: Catupiry, termo de origem tupi-guarani que se traduz como “excelente”. Um nome que não apenas identificava a marca, mas também retratava com precisão a experiência de provar aquele requeijão.

Durante décadas, a Catupiry manteve um único objetivo: ser a referência em seu campo de atuação. À medida que o mercado se transformava, novos produtos apareciam e desaparecevam, a marca manteve a tradição e a excelência como suas principais prioridades. Gradualmente, Catupiry deixou de ser apenas uma marca para se tornar um símbolo. Para muitos brasileiros, solicitar um requeijão era como solicitar um Catupiry.

Em 2015, a Catupiry tomou uma decisão surpreendente. Compreendendo as recentes tendências de consumo, a empresa optou por inovar e ampliar sua gama de produtos. Os pães de queijo com recheio, as tortas, os quiches, as pizzas feitas à mão, os molhos e até as linhas de produtos à base de plantas surgiram.

Fotos: instagram @ soniapaczkoski