Cinco estratégias anteriores ao Plano Real falharam. No entanto, há 35 anos, um deles se tornou um dos maiores traumas financeiros para toda a população do Brasil. A série de ações econômicas tinha como objetivo lutar contra a hiperinflação no Brasil, incluindo o congelamento de saldos em contas correntes e poupança.
Também a troca da moeda do cruzado novo pelo cruzeiro, a diminuição dos gastos governamentais, a privatização de empresas públicas, a liberalização econômica e a reforma administrativa. O plano sucedeu três tentativas fracassadas de gerir a hiperinflação: os Planos Cruzado (1 e 2), Plano Bresser e Plano Verão.
Contudo, desta vez, ele introduzia a inovação de retirar o dinheiro da circulação, fundamentado numa teoria que visava não apenas reduzir a inflação, mas também romper a inércia inflacionária. No entanto, o que era uma tentativa de conter a inflação, que alcançava quase 90% mensalmente, acabou se tornando um erro e, mais uma vez, não obteve sucesso.
O período acabou se transformando num dos mais deprimidos da República, forçando o governo a recuar, pois estava apenas sufocando a economia. Contudo, o efeito na mentalidade da população foi tão profundo que o temor do confisco ainda persiste na mente de toda aquela geração.
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