Nesta semana, chega ao Brasil o exame americano PrecivityAD2, que, a partir de uma amostra de sangue simples, pode identificar a doença de Alzheimer em seu estágio precoces. O Grupo Fleury trouxe para o país a novidade, que vai custar R$ 3,6 mil e, em princípio, não terá cobertura pelos planos de saúde.
A chegada deste exame no país é importante pelo preço, ele é quase três vezes mais barato que o PET amiloide (um exame de imagem), que custa em torno de R$ 9 mil, e é considerado padrão-ouro para a identificação do quadro clínico.
Além do valor, o PrecivityAD2 é menos invasivo do que o de líquor (esse custa ao redor de R$ 3 500), teste que depende de punção na lombar, isto é, uma agulha é usada para coletar líquido da medula espinhal.
“Esse exame é uma análise de proteínas que estão relacionadas à doença de Alzheimer, a beta-amiloide, tau e tau fosforilada. É feito no plasma (do sangue) e com uma técnica mais recente, que a gente chama de espectometria de massa e é capaz de detectar mínimas variações nessas proteínas”, descreve Aurélio Pimenta Dutra, neurologista do Fleury Medicina e Saúde.
Segundo o médico, o que destaca o PrecivityAD2 dos demais testes de sangue disponíveis no Brasil é a capacidade de captar alterações na tau e também na tau fosforilada. Os demais, esclarece ele, focam apenas na proteína beta-amieloide e, por isso, só predizem risco de um quadro clínico estar associado à doença e não tem “capacidade diagnóstica”.
Foto: Robson Valverde / SES-SC