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Aos 53 anos, a pescadora Rosineth Basto, moradora de Curralinho, no arquipélago do Marajó (PA), luta contra um câncer de ovário descoberto em 2024, após fortes dores abdominais. A doença já vitimou seu pai, irmã e outros parentes, revelando um histórico familiar preocupante.
Sem sintomas claros no início, o câncer de ovário costuma ser detectado tardiamente em 80% dos casos, segundo especialistas. Rosineth passou por cirurgia e quimioterapia no Hospital Ophir Loyola (HOL), referência no Pará, mas novos tumores no intestino exigiram outra intervenção. Agora, ela aguarda alta após a recuperação.
Câncer silencioso e fatores de risco
O câncer de ovário é o terceiro mais comum entre os ginecológicos, com 7.310 novos casos/ano no Brasil, segundo o Inca. Na região Norte, a taxa é de 3,61 casos a cada 100 mil mulheres.
A oncologista Danielle Feio, do HOL, alerta para fatores como idade acima de 50 anos, tabagismo, obesidade, endometriose e histórico familiar. “O diagnóstico precoce salva vidas. Mulheres sem filhos ou acima dos 50 devem fazer exame transvaginal anualmente”, reforça.
Casos como o de Angelina Jolie
A mutação genética BRCA1, que levou a atriz Angelina Jolie a remover ovários e mamas em 2015, está presente em 15% das pacientes, conforme o Ministério da Saúde.
Desafios no diagnóstico
Rosineth relata que, antes do câncer, foi tratada por mioma sem biópsia. Exames como CA-125, ultrassom transvaginal e tomografia são essenciais para detecção.
Atendimento no HOL
Pacientes devem ser encaminhados via Unidade Básica de Saúde ou Secretaria Municipal de Saúde.
Com informações da Agência Pará