Bolsonaro tem ao menos 7 nomes para vaga de Marco Aurélio no STF

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está na reta final da escolha que irá definir o indicado do Palácio do Planalto para ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No próximo mês, a Corte abrirá uma vaga em decorrência da aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.

Atualmente, Bolsonaro tem ao menos sete nomes em seu radar (veja lista ao final da reportagem). O presidente disse a aliados que sua segunda indicação à Suprema Corte está reservada a um jurista “terrivelmente evangélico”. Neste grupo, entra, por exemplo, o nome do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, próximo ao senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Nos bastidores, no entanto, auxiliares dizem que o favorito para a vaga no Supremo segue sendo o atual advogado-geral da União, André Mendonça, que é pastor presbiteriano. O ministro tem se reunido com senadores para viabilizar sua indicação.

A procura aos parlamentares ocorre porque o nome do escolhido de Bolsonaro terá de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ser aprovado em plenário pela maioria absoluta dos senadores, ou seja, 41 dos 81 políticos. O rito é constitucional.

Em conversa com líderes evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro vinha dizendo que a indicação de Mendonça para o STF é certa, mas o AGU vem enfrentando resistência entre os senadores pela falta de interlocução política.
 

Nas últimas semanas, o pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília vem sendo comparado ao ministro Edson Fachin. Indicado pela então presidente Dilma Rousseff, o magistrado tem a prática de contrariar deputados e senadores em processos criminais, em especial do PT – partido da ex-presidente. O receio é que, a exemplo de Fachin, André Mendonça também assuma a ala “punitivista”.

Por A Gazeta

Foto:  Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil