Guerra comercial EUA-China impactam América Latina; México é o mais afetado na região
O Banco Mundial revisou para baixo suas expectativas de crescimento global nesta terça-feira (10), reduzindo a previsão de 2,7% para 2,3% em 2025. O relatório aponta as tarifas comerciais impostas pelo governo norte-americano e a tensão EUA-China como principais fatores da desaceleração. Para a América Latina, a projeção caiu 0,2 ponto percentual, com o México sendo o mais impactado (-1,3 p.p.) devido à dependência do comércio com os EUA. O Brasil teve leve ajuste positivo (+0,2 p.p.), projetado para crescer 2,4%, enquanto a Argentina lidera com previsão de 5,5% após reformas econômicas.
A instituição alerta que o protecionismo comercial e as altas taxas de juros continuarão pressionando a região, com inflação persistente limitando a capacidade dos bancos centrais de estimular as economias. Enquanto países como Panamá e República Dominicana mantêm projeções acima de 3%, nações andinas como Bolívia (1,2%) e Equador (1,9%) enfrentam perspectivas mais modestas. O relatório destaca riscos adicionais, incluindo possível desaceleração chinesa e redução nas remessas migratórias, vitais para América Central e Caribe.
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