Foto: Marcos Corrêa/PR
O general Antonio Amaro, chefe do Estado-Maior do Exército, disse nesta quinta-feira (8), em evento com o presidente Jair Bolsonaro, que “minha espada não tem partido”. Amaro lembrou que a frase é uma citação do patrono do Exército, Duque de Caxias.
A separação entre a política e as Forças Armadas tem sido um tema central em Brasília desde a última semana, quando Bolsonaro demitiu o então ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.
Como consequência da demissão, os comandantes das três Forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) saíram dos cargos. O movimento suscitou avaliações de que Bolsonaro quer das Forças um maior alinhamento ao governo.
O chefe do Estado-Maior disse ainda que os generais recém promovidos devem zelar pela hierarquia na tropa. Amaro lembrou aos generais de que os soldados devem ser “guardiões” da vocação principal da Força: defender a pátria.
“Neles [nos soldados], a destreza técnica e a habilidade para refrega devem continuar amparadas nas rígidas bases da hierarquia e da disciplina e na prática dos valores morais mais caros à nossa sociedade”, continuou o general.
O presidente Jair Bolsonaro discursou em seguida. Ele defendeu o limite das “quatro linhas da Constituição” e disse que não se pode aceitar alguém que queira atuar fora desse “balizamento”.
“Nós atuamos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Devemos, e sempre agiremos assim. Por outro lado, não podemos admitir quem por ventura queira sair desse balizamento”, afirmou o presidente.
Bolsonaro também disse que “os momentos são difíceis” e que “vivemos uma fase um tanto imprecisa”, mas não especificou a que situação se referia.
“Os momentos são difíceis. Vivemos uma fase um tanto quanto imprecisa, mas temos a certeza, pelo nosso compromisso, pela nossa tradição, sempre teremos como lema a nossa bandeira verde e amarela e a nossa perfeita sintonia com desejos da nossa população. Assim agiremos”, completou Bolsonaro.