Seis mulheres ex-funcionárias do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmam terem atuado como funcionárias fantasmas do gabinete do senador. Segundo os relatos, depois de admitidas elas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e a senha a uma pessoa da confiança do senador e, em troca, ganhavam uma pequena gratificação. A prática, conhecida como “rachadinha”, consiste em desviar salários de funcionários fantasmas nomeados como assessores ou auxiliares.
Geralmente, é um acordo pré-estabelecido entre as pessoas que emprestarão os nomes e dados e os responsáveis pela nomeação. As acusações foram publicadas pela revista Veja, que teve acesso a extratos bancários que mostram o histórico de saques das contas bancárias das funcionárias.
O dinheiro era retirado de uma só vez no dia do pagamento. Marina Ramos Brito dos Santos, Erica Almeida Castro, Lilian Alves Pereira Braga, Jessyca Priscylla de Vasconcelos Pires, Larissa Alves Pereira Braga e Adriana Souza de Almeida admitiram ter atuado como funcionárias fantasmas e relatam como funcionava o esquema.
Os salários variavam de R$ 4.000 a R$ 14.000 por mês. As funcionárias recebiam de R$ 800 a R$ 1350. A duração do esquema teria começado em janeiro de 2016 e funcionado até março deste ano. Os procedimentos, depois de nomeadas, abriam contas, entregavam senha e cartões. Quando o salário era creditado, alguém sacava todo o valor.
Sobre a função, eram nomeadas como assessoras parlamentares, mas nenhuma delas tinha curso superior nem qualquer tipo de experiência legislativa. Admitem não terem trabalhado. Outros benefícios – salários, benefícios e verbas rescisórias a que elas teriam direito não ficavam com elas. A proposta – algumas delas contam que ouviram a oferta diretamente do senador Davi Alcolumbre.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil