Recorde no abate de frangos em 2021 é registrado no Brasil

Segundo Pesquisa Trimestral do Abate, que começou em 1997, e foi divulgada na terça (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o abate de cabeças de frango no Brasil atingiu 6,18 bilhões em 2021. O volume significa alta de 2,8% ou 169,87 milhões de cabeças a mais na comparação com o ano anterior. Com esse desempenho, o país registrou recorde da série histórica.

Em movimento contrário, o abate de bovinos alcançou 27,54 milhões de cabeças em 2021, o que representa um recuo de 7,8% se comparado ao ano anterior, cujo o índice já tinha apresentado queda de 7,9% ante 2019. De acordo com a pesquisa, com o avanço de 7,3%, o ano de 2021 marcou recorde no abate de 52,97 milhões de cabeças de suínos, ou mais 3,61 milhões, na comparação com 2020.

O total de fêmeas abatidas ao longo de 2021 foi o menor resultado desde 2004, com 9,31 milhões de cabeças. Outro fator que influenciou o resultado de bovinos foi a restrição imposta pelo mercado da China, o principal importador de carne bovina brasileira, respondendo por mais de 50% da exportação nacional.

Em setembro, depois da constatação de dois casos atípicos da doença da vaca louca, a China embargou a carne proveniente do Brasil, impedimento que durou até dezembro. Mesmo com a restrição, as exportações de carne bovina in natura conseguiram o terceiro melhor resultado da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex). Ao todo, foram enviadas ao exterior 1,56 milhão de toneladas. 

O preço da arroba bovina também sofreu impacto da crise com o país asiático, com desvalorização no mercado. Com isso, o produtor acabou segurando o abate para tentar vender mais caro adiante. A alta das exportações da carne de frango in natura contribuiu para o recorde de frangos abatidos em 2021. No entanto, o consumo interno que segue crescendo, também teve a sua parcela no desempenho. Com a alta da carne bovina, a população procurou substitutos.

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters