Parauapebas: produtores vendem 125 quilos de café de açaí por mês

Roberto Carlos Cunha, agricultor da Vila Paulo Fonteles, na zona rural de Parauapebas, de 54 anos, vive na colônia há 34 anos e há mais de 20 anos produz o café de açaí, em conjunto com a esposa. A produção ainda é pequena e envolve apenas cinco pessoas, mas faz uma grande diferença no bolso, gerando de quatro a cinco mil reais em renda bruta por mês.

Ele explica que a ideia foi da esposa, Perina Rodrigues Silva, que por conta da distância de onde vivem para a zona urbana da cidade sugeriu fazer o café em casa a partir do caroço do açaí, visto que a polpa era extraída das sementes em pequenas produções da Paulo Fonteles. Mensalmente, são produzidos e comercializados cerca de 500 pacotes de café de açaí com 250 gramas cada, totalizando 125 quilos do produto.

A produção de pequeno porte funciona por encomenda e atualmente busca o selo municipal de comercialização legal para se regularizar, o que permitiria a expansão do negócio de Roberto e Perina. Eles afirmam que a procura é grande tanto pelas propriedades benéficas à saúde quanto pela curiosidade dos consumidores em provar o café de açaí.

Apesar do tamanho diminuto da produção e de a regularização não ter sido finalizada ainda, eles contam que seguem regras sanitárias rígidas para garantir a qualidade e a higiene do produto. Benefício causado pelo café vai para os próprios produtores de açaí, que muitas vezes não conseguem descartar quilos e mais quilos de sementes pós-extração da polpa. Com 12 latas de caroços (aproximadamente 216 quilos) é possível produzir de 200 a 250 pacotes do café, o que corresponde à metade da produção mensal de Roberto e sua família.

Ele acredita que “se o café de açaí se difundir de forma abrangente, pelo menos de forma local, aqui mesmo na nossa cidade, seria a solução para muitos batedores de açaí”. A família de Roberto gosta muito de produzir o café de açaí e de todos os benefícios que ele gera, tanto aos consumidores quanto às partes envolvidas na produção.