Após jogador deixar o ASA-AL, torcedor faz ‘vaquinha’ para zagueiro paraense

Foi desligado do ASA-AL, o zagueiro paraense Martony, de 32 anos. O jogador alega que dirigentes do clube pediram redução salarial e que entregasse o apartamento onde residia com a sua esposa. Martony tinha contrato com o clube nordestino até o fim da temporada, mas não chegou a um acordo com a diretoria e teve o vínculo rescindido, porém o atleta não tinha condições de retornar a Belém.

O zagueiro Martony explicou que foi dispensado por cobrar situações do clube. “Fui chamado para reduzir meu salário e sair do apartamento e retornar ao clube. Assinei contrato em dezembro, me apresentei em janeiro e desde então estava jogando, cobrei o que era de direito meu, que é receber o que foi assinado e o presidente Moisés Machado disse que eu não entraria mais no clube para treinar”, falou.

Martony é natural da cidade de Castanhal (PA) e não tinha condições de arcar com as despesas de retorno com a esposa, foi então que torcedores do ASA decidiram fazer uma “vaquinha” virtual para ajudar o atleta. “Graças a Deus já resolvi, o clube não pagou nada. Um amigo conseguiu as passagens, agradeço aos torcedores do ASA que viram a minha situação, não tenho nada contra o clube, gosto da cidade, do ASA, mas eu não tinha como seguir dessa forma, ainda mais com minha esposa”, disse.

Martony estava na sua segunda passagem pelo ASA e em 2021 era titular absoluto e capitão da equipe. O jogador e a esposa retornam a Belém na próxima quinta-feira. A “vakinha” feita pelo torcedor arrecadou um pouco mais de R$1.mil. O zagueiro é rodado no futebol e já passou por vários clubes como Castanhal-PA, Ypiranga-AP, Palmas-TO, Araguaína-TO, Rio Branco-AC, Nacional-AM, Manaus-AM, Uberlândia-MG, Independente de Tucuruí-PA, Remo e Moto Club-MA.

Com a camisa do Remo, Martony conquistou o título do Parazão em 2018. O vice-presidente do ASA-AL, Higor Rafael, afirmou que o clube tentou um acordo e que Martony negou, além ter dado uma contraproposta fora da realidade do clube. O dirigente afirma que o assunto está entregue ao departamento jurídico do ASA.