Hospitais privados também declararam, neste sábado, 20, que estão ficando sem medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19, após o risco de escassez de remédios na rede pública. “A situação é crítica e, se medidas urgentes não forem tomadas em âmbito nacional, mais pacientes morrerão”, afirmaram em nota.
O estoque de seis medicamentos necessários no procedimento de intubação está no limite também nas unidades particulares, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp). Há remédios para mais quatro dias e outros, no máximo. O levantamento foi realizado na quinta-feira, 18.
“Entendemos a preocupação do governo em garantir os insumos necessários para a atenção aos pacientes do Sistema Único de Saúde [SUS], mas a situação do setor privado também é bastante preocupante e, certamente, atingirá o seu ápice nos próximos dias. Caso essas instituições fiquem sem as medicações necessárias para os procedimentos exigidos em pacientes acometidos pela Covid-19, a alta demanda dos hospitais privados sobrecarregará ainda mais o setor público- agravando a situação do sistema de saúde brasileiro”, afirma.
Segundo a Agência de Vigilância Sanitária, as medidas anunciadas na sexta-feira, 19, para facilitar a compra de remédios também alcançam a rede privada. Diretores e técnicos da agência encerraram os trabalhos ontem perto de meia-noite em um esforço para anunciar regras temporárias que atendam o estoque dos hospitais.