Foto: Marcos Corrêa/PR
Entre o final deste mês e o início de fevereiro haverá uma “avalanche de laboratórios” apresentando propostas de venda de vacinas contra Covid-19 ao Brasil, afirmou o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, na quarta-feira, 20. Em um evento com o Conselho do Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Pazuello afirmou que existem cerca de 270 iniciativas de novas vacinas no mundo.
Temos que estar com muita atenção e cuidado para estarmos com elas disponíveis o mais rápido possível dentro da atenção e da segurança e eficácia e da nossa capacidade de colocá-las no lugar certo e na hora certa”, disse o ministro. Pazuello disse ainda que o governo brasileiro está no processo de receber as novas doses da Coronavac que estão já prontas.
Apesar das várias iniciativas, o governo brasileiro não tem acordo com nenhum laboratório além da AstraZeneca, cuja vacina será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, e o acerto para a compra das doses da chinesa CoronaVac entregues ou produzidas pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista. O país participa da iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) Covax Facilities com a previsão de compra de 42 milhões de doses apenas.
O governo mantém negociações com a Pfizer. Pazuello exaltou o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) e pediu confiança no sistema público. Diante da politização que a corrida por vacina contra a covid-19 resultou no cenário brasileiro, o ministro afirmou que o País é um só.
“Ele nunca foi dividido, ele nunca será dividido”, disse. “Confiem no SUS”, afirmou ainda durante participação em evento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O ministro iniciou seu discurso afirmando que, em nome das mais de 210 mil mortes por covid-19, a luta contra o vírus “não pode parar”. Durante o evento, foi lançado o ImunizaSUS, iniciativa do Conasems com apoio do Ministério da Saúde.