Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasil
Um levantamento feito pela primeira vez pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) mostrou que o número de vagas abertas para estágio passou de 85.513 no último semestre de 2020 para 108.335 no primeiro semestre de 2021, o que representa um aumento de 26,7%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o número de vagas ofertadas era de 106.069, o aumento foi de 2,1%.
Já as vagas para os programas de aprendizagem, que totalizaram 27.296, tiveram um crescimento de 30,5%, ao pularem para 35.631 no primeiro semestre de 2021. Na comparação com o primeiro semestre de 2020, quando haviam 24.182 vagas abertas para aprendiz, o aumento foi de 47,3%.
Segundo o balanço do CIEE, no primeiro semestre deste ano foram assinados 93.074 contratos de estágio, 37,7% a mais do que no semestre anterior (67.569) e 4,6% a mais do que no primeiro semestre de 2020 (88.995). O número de contratos de aprendizagem assinados no até junho de 2021 (30.197) foi 32% do que o do semestre anterior (22.870) e 51,5% do que o primeiro semestre do ano passado (19.933).
O levantamento mostrou ainda que o número de estagiários e aprendizes ativos em junho totalizou 203.127. Desses, 80,2% são estagiários de nível superior, 14,3% são de nível médio e 5,5% são de nível técnico. Os aprendizes são 56,6% formados no ensino médio, 37% cursando essa faixa de ensino e 6,4% cursando o ensino fundamental.
Entre os dez cursos com mais vagas abertas estão administração, pedagogia, direito, comunicação social, ciências contábeis, área de TI, engenharia civil, ensino médio, marketing, enfermagem. As dez cidades brasileiras com mais vagas abertas são São Paulo, Brasília, Campinas, Salvador, Goiânia, Jundiaí (SP), Santos, Grande ABC (SP), São José dos Campos (SP) e Sorocaba (SP).
“Este ano será dividido em dois semestres com conotações diferentes. No primeiro semestre houve uma recuperação mínima do que foi o ano passado. Para se ter uma ideia, o CIIE fazia em torno de 30 mil contratos por mês e em abril do ano passado caímos para 4 mil contratos. Então esse primeiro semestre tirou a discrepância enorme que um ambiente de pandemia traz”, afirmou o CEO do CIEE, Humberto Casagrande.
Segundo Casagrande, o resultado não traz otimismo, porque não passou de uma recomposição, mas para o segundo semestre é esperada uma recuperação mais consistente, com a volta das pessoas nas ruas e retomando suas atividades e planos de consumo, o que reflete em toda a economia e mercado de trabalho.
“Este ano o primeiro e segundo semestre já estão dados, não há grandes previsões. Passamos a pensar no ano que vem se teríamos um ambiente sustentável de crescimento. Será ano de eleições, por isso é bem difícil fazer estimativas. Mas para voltar ao ambiente anterior acho que só em meados do ano que vem”, disse.